O mestre diz ao discípulo para meditar sobre um koan:
Um pequeno ganso é colocado dentro de uma garrafa, alimentado e nutrido. O ganso vai ficando cada vez maior e preenche toda a garrafa. Agora ele está muito grande; ele não pode sair, e o koan é que você tem que retirar o ganso sem destruir a garrafa, sem matar o ganso.
O ganso é muito grande; você não pode retirá-lo a menos que quebre a garrafa, mas isso não é permitido. Ou você retira matando-o, o que também não é permitido.
Dia após dia, o discípulo medita, não encontra nenhuma maneira, pensa desse e daquele jeito. Cansado, tem uma revelação repentina...
Subitamente ele compreende que o mestre não pode estar interessado na garrafa e no ganso; eles devem representar algo mais.
A garrafa é a mente, você é o ganso. Você pode ficar tão identificado com a mente que começa a sentir que você está nela!
Subitamente ele compreende que o mestre não pode estar interessado na garrafa e no ganso; eles devem representar algo mais.
A garrafa é a mente, você é o ganso. Você pode ficar tão identificado com a mente que começa a sentir que você está nela!
Ele corre para o mestre para dizer que o ganso está fora. E o mestre diz, "Você compreendeu isso. Agora o conserve fora. Ele nunca esteve dentro".
A consciência representa o ganso e a garrafa a mente. Porém, você está acreditando que a consciência está dentro da garrafa da mente e questionando como tirá-la.
A mente trabalha entre dois opostos e nunca tem certeza, ela é completa de indecisão. Todo processo de identificação é a causa raiz da sua miséria, sendo que toda identificação é identificação com a mente.
Crie uma distância entre você e sua mente. Basta recuar um pouco e observar. Apenas dê um passo para o lado e deixe a mente passar como uma nuvem. E logo você será capaz de ver de que não há nenhum problema - o ganso está fora. Você não precisa quebrar a garrafa, nem precisa matar o ganso.
Feliz desidentificação!
Stefania Bianchi